quarta-feira, 17 de janeiro de 2007 às 01:08

A Rainha: entrando na intimidade da mais reclusa das mulheres

A Rainha (The Queen, 2006) é um filme estilo documentário. Na noite de ontem, o longa venceu 2 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz - Drama (Helen Mirren) e Melhor Roteiro (Peter Morgan).

O premiado roteiro mostra os conturbados momentos vividos pela família real britânica depois da morte da (ex) princesa Diana. No filme a rainha Elizabeth II (Helen Mirren) é fria, arrogante e alienada, fazendo pouco caso da importância que Lady Di tinha para o mundo.

Mas se a Beth é tudo isso que mostra o filme, Vossa Majestade que me perdoe, mas quanta perturbação. A pobre da Diana morta e ela fazendo de conta que nada estava acontecendo, isolada do mundo, trancada no castelo, totalmente perdida em relação aos anseios do povo. O marido é um bundão, a mãe uma louca, o filho um animal que anda escondido pelos cantos da casa, uma família de loucos.

      

Sem dúvida houve exageros. Tanto em macular a imagem da família real, quanto em enaltecer o recém-empossado primeiro-ministro britânico Tony Blair (Michael Sheen). O terrorista do Tony Blair é mostrado como um ser supremo, nobre, sensato, o homem que assumiu as rédeas do país durante a crise. Acreditem, foi Tony Blair o responsável pela manutenção do regime monárquico na Inglaterra, essa é a moral da história.

O diferencial de A Rainha é mostrar a intimidade da mais reclusa das mulheres. Mas ponto forte mesmo é a atuação de Helen Mirren. Dizem que durante o Festival de Veneza o público a aplaudiu de pé durante cinco minutos. Eu duvido, mesmo assim acredito que a atriz é a grande concorrente de Meryl Streep (O Diabo Veste Prada, leia meu post), para o Oscar 2007. Nota 3/5

Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.

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