quarta-feira, 24 de janeiro de 2007 às 02:33

Vôo United 93: um tijolo caindo diretamente ao encontro do dedo do pé

Cinco anos após o fatídico 11 de setembro, os americanos aceitaram bem o filme Vôo United 93 (United 93, 2006), do diretor e roteirista Paul Greengrass. Tanto que o longa apareceu duas vezes na lista de indicações do Oscar 2007: Melhor Diretor e Melhor Montagem.

Diretor é impossível ganhar, mas montagem é bem provável. Afinal, como realizar um filme sobre uma história em que nenhum dos protagonistas está vivo para testemunhar? Desafiador.

Pois Greengrass pegou o papel e a caneta e comentou a montar, minuto-a-minuto, esse enorme quebra-cabeça. Para isso ele contou com a ajuda das famílias de 40 passageiros e integrantes da tripulação do verdadeiro vôo 93. Foram eles que ajudaram os produtores com informações sobre as roupas que os mortos usavam, bagagens que carregavam e a própria personalidade das pessoas envolvidas.

      

Quase tudo nessa tragédia saiu como Bin Laden queria, mas especialmente nesse vôo as coisas deram errado. Primeiro o vôo atrasou 40 minutos, depois os passageiros começaram a ligar para suas famílias e receber notícias sobre outros atentados. Com isso os caras começam a se organizar para reaver o controle do avião. No meio da confusão acontece o que todos sabemos.

O tema do filme é pesado, as cenas são fortes e o clima é tenso. Ponto forte também para o estilo documentário, sem chatas historinhas paralelas. O filme Vôo United 93 é seco feito um tijolo. No final, a sensação é vê-lo caindo diretamente ao encontro do dedo do pé. O jeito é fechar o olho e esperar o impacto. Nota 3/5

Confira o trailer legendado clicando no botão play da imagem abaixo.

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