O cenário é o Texas da década de 80. Tudo começa quando um traficante de drogas é encontrado no deserto pelo caçador Llewelyn Moss (Josh Brolin). Junto ao defunto o cara encontra uma maleta com US$ 2 milhões. Ele assume o risco e "rouba" a maleta. A partir daí começa a ser perseguido por um assassino, que por sua vez é perseguido pelo xerife Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).
A direção prima pela qualidade visual. Assistir Onde os Fracos Não Têm Vez é como visitar uma exposição fotográfica, cada cena é um quadro ricamente ilustrado, exemplos não faltam. As marcas do sapato do policial estrangulado, as picapes no horizonte vespertino, os takes em frente ao hotel, o tiroteio na cidade fantasma, a explosão em frente à farmácia. Tudo meticulosamente calculado até encontrar o enquadramento perfeito. Resultado: Oscar de Melhor Fotografia.
Tudo vai bem com o jogo de gato, rato e cachorro entre os três personagens principais, mas quando o cowboy Carson Wells (Woody Harrelson) entra em cena, a coisa começa perder o rumo. O filme parece não comportá-lo. Resultado: o confronto mais esperado decepciona. Ficou uma sensação de que, mesmo depois de acabar, o filme parece que continua sozinho. Muito estranho. Gosto mais de filmes que fecham, não sou fã dessa técnica narrativa. Mas tudo bem, isso é algo pessoal.
E o mais legal em Onde os Fracos Não Têm Vez é que cada personagem empresta algo novo à história. Seja o xerife, a secretária, o recepcionista do hotel, o gatinho bebedor de leite, cada um deles adiciona elementos sui generis ao filme, deixando a narrativa ainda mais densa. E toda boa história deve convidar o expectador a uma reflexão, então pergunto: vale a pena sacrificar uma vida tranqüila ao lado da esposa, por causa de dois milhões de dólares?
Tatiana: O filme é aterrorizante. Poucas falas, sem trilha sonora e um suspense de dar calafrios.Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.![]()