sábado, 25 de fevereiro de 2006 às 13:21

1984: Big Brother! Big Brother! Big Brother!

O filme 1984 (Nineteen Eighty-Four, 1984) é baseado no romance de mesmo título. Foram realizados quatro filmes baseados na obra-prima de George Orwell. Já foram feitas duas produções para a TV (uma em 1956 e a outra em 1965), e duas para o cinema. A primeira versão cinematográfica foi em 1956, ainda não pude assistir a essa versão. A que vou comentar aqui é a mais recente, produzida no sugestivo ano de 1984 e dirigida por Michael Radford.

Passar para o cinema um clássico da literatura, embora muito comum, não é tarefa simples. Mas o diretor Radford consegue brilhantemente agregar valor ao livro. É preciso destacar também a excelente interpretação dos atores, principalmente John Hurt no papel principal de Winston Smith e Richard Burton como O'Brien.

Apesar de ser muito bom, o filme não passa de um simples entretenimento para que não conhece o livro por inteiro. No livro, Orwell passa uma grande riqueza de informações que contextualiza o drama. Já no filme, o expectador é jogado no meio da história, sem qualquer tipo de introdução. Isso, sem dúvida, prejudica o entendimento. Sem ter lido o livro o expectador não conseguirá compreender as dezenas de detalhes significativos mostrados na tela.

De maneira geral o diretor foi muito feliz, conseguiu capturar os principais pontos da história. É bem verdade que ele fez pequenas, mas significativas, alterações. A principal delas é o final. O filme termina com a penúltima cena do livro. Acredito que o diretor tenha feito isso para fechar a história com uma perspectiva mais esperançosa, prevendo tempos melhores. Já no livro, o final é pessimista. Achei o diretor covarde, deveria ter mantido o mesmo final.

A grande novidade é que 1984 poderá ir para os cinemas novamente, agora pelas mãos de Tim Robbins (Guerra dos Mundos). Segundo o site Cinema em Cena, o ator e cineasta atualmente dirige uma versão da história para o teatro através da sua compania The Actor’s Gang. "Eu tenho um roteiro e agora estou no processo de tentar juntar tudo", afirmou Robbins ao site Empire Online. De acordo com o diretor, a questão é só conseguir levantar o dinheiro para a realização.

Na minha opinião, quando um livro é levado ao cinema de maneira brilhante, não deve haver regravações. Imagine se alguém resolver re-filmar "O Senhor dos Anéis", ou então "E o Tempo Levou...", difícil de imaginar não é?! Para mim essa versão do Radford é definitiva. Leia e assista. Nota 5/5

Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.



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