Por isso fiquei entusiasmado quando soube do lançamento de 10.000 A.C. (10,000 B.C., 2008). Enfim o sonho tornava-se palpável. Planejei tudo com cuidado: a estréia seria no Cine TAM, no Shopping Morumbi, em São Paulo. Afinal, o presente tinha que vir empacotado numa projeção digital, nada daqueles velhos rolos de 8mm. Mas na porta do cinema arremeti. Minha grande preocupação era que o filme fosse apenas um documentário estilo BBC.
Alguns meses depois, enfim, tomei coragem e assisti 10.000 A.C.. O começo é meio parecido com "Apocalypto" (2007): uma tribo isolada, um ataque surpresa e uma missão de resgate (fuga). A diferença é que aqui puseram uma narração ao fundo. Ficou parecendo um filme infantil, didática além da conta. A história gira em torno de D'Leh (Steven Strait), um jovem caçador de mamutes, que se apaixonou por Evolet (Camilla Belle). Quando um bando de perigosos guerreiros a sequestra, D'Leh é obrigado a liderar um pequeno grupo de caçadores em uma expedição para resgatá-la.
Falando nisso, a chegada da comitiva nas pirâmides é surreal. Nada de cores, só aquele amarelo-pó onipresente. O papo de deuses, lendas e profecias enche um pouco o saco, mas o verdadeiro foco de 10.000 A.C. são os humanos. Seja na pela dos inimigos árabes, nas tranças rastafári dos protagonistas ou no pulmão dos sensacionais velocistas africanos. A cena em o "Robert Cheruiyot" corre de aldeia e aldeia, levando e trazendo recados, mostra que não é de graça que esses caras são os melhores do mundo.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.
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