Kung Fu Panda (Kung Fu Panda, 2008), deliciosa animação da DreamWorks, é uma volta ao passado. O filme brinca com nossos estereótipos, colocando o gorducho urso panda Po (voz de Jack Black) para lutar contra o temido leopardo Tai Lung (voz de Ian McShane). É o mesmo mote usado na luta entre o magricelo Bruce Lee e a montanha de músculos Bolo Yeung. No final das contas, as duas histórias provam que a milenar arte do Kung Fu é um caminho para se alcançar o equilíbrio entre corpo e mente, ajudando os praticantes a superar obstáculos ditos impossíveis.
Além de ser um filme divertidíssimo, Kung Fu Panda é rico em referências e citações. O nome Shifu, por exemplo, significa mestre/professor, traduzindo do chinês. Os personagens KG Shaw e JR Shaw homenageiam os irmãos Shaw, que criaram diversos filmes de kung fu na década de 70. O estilo de luta dos integrantes dos personagens Macaco, Tigresa, Garça, Louva-deus e Víbora, é composto por técnicas de artes marciais baseadas nos próprios animais. Eles simbolizam algumas da infinidade de estilos do kung fu.
Grandes lições de um verdadeiro sábio. Mas pra a mim a cena mais comovente foi a morte do mestre. Diante do velho pessegueiro ele presenteia seu discípulo com a última lição: "Você só cumprirá sua missão quando se livrar da ilusão do controle. Olhe para esta árvore, eu não posso fazê-la florescer quando me convir, nem fazer que ela dê frutos antes que seja o tempo. Talvez possa, se estiver disposto a guiá-lo, nutri-lo e acreditar nele. Você só precisa acreditar." O mestre então se desfaz em folhas e ganha o céu como uma nuvem. Kung Fu Panda transformou a milenar sabedoria chinesa numa divertida história de luta e superação.
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