Além de estrelar, Gran Torino é seu 32º filme dirigido, como sempre, cheio de emoção e feridas incuráveis. O resultado é excelente: um filme bem atual, realista e com uma boa lição da como deveríamos agir com os jovens delinquentes. Pessoalmente acredito que ficou abaixo de "Sobre Meninos e Lobos" e "Menina de Ouro", mesmo assim é uma história que ressoa. Um filme para assistir e pensar.
Como bom militar, Walt é altamente metódico, passa o tempo fazendo pequenos consertos em casa, bebendo cerveja na varanda e visitando mensalmente seu amigo barbeiro (John Carroll Lynch). Não gosta de quebrar sua rotina. Sua raiva contra os asiáticos aumenta quando seu vizinho adolescente Thao (Bee Vang), invade sua casa para roubar seu belíssimo Ford Gran Torino. No meio da confusão o velho racista acaba salvando Thao e sua irmã Sue Lor (Ahney Her) de uma gangue. Fato que o transforma em herói do bairro. É bem engraçado a cena dos asiáticos levando presentes para Walt e ele recusando-se a receber.
Gran Torino é uma triste história sobre a forma como encaramos a morte, exteriorizadas através dos diálogos entre Walt e o padre (Christopher Carley). Apesar disso, Gran Torino também tem suas doses de humor. O segundo terço do filme é bem engraçado. Clint Eastwood parece muito com Seu Nunga, o bruto divertido. Muito legal também o confronto entre as tradições americanas e as estrangeiras. Além, claro, do final arrasador! Feito sob medida para deixar qualquer um indignado com as injustiças e as formas como as pessoas se agridem gratuitamente.
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