Um ano depois, Jogos Mortais 2 foi uma grata surpresa para mim. Novamente veio aquele sentimento. Dessa vez a sala de cinema estava lotada. A agonia do primeiro filme deu lugar a um sarcasmo famigerado. Jigsaw, o assassino, continua criativo em suas armadilhas humanas. O clímax do filme, ao contrário do que possa parecer, não é nenhuma cena de carnificina. O momento máximo ocorre quando o expectador vê-se envolvido numa teia de raciocínio seqüencial e indutivo. O assassino joga a isca ao público quando fala:
"O conhecimento da morte muda tudo. Se eu te dissesse o dia e a hora exata de sua morte, seu mundo ficaria completamente em pedaços. Pode imaginar como é alguém lhe dizer que você está morrendo? Sabe a gravidade disso? Em um segundo, o mundo se abre. Você vê as coisas de uma maneira diferente. Você saboreia tudo, desde um copo de água até um passeio no parque. A maioria das pessoas tem o luxo de não saber quanto tempo ainda lhes resta. E a ironia é que isso as impedem de viver suas vidas. As impedem de beber aquele copo de água e realmente saboreá-lo. Aqueles que não apreciam a vida, não merecem viver."
A partir dessa tese o assassino ganha novos jogadores, nós. E se te restasse 5 anos, o que você faria? E se tivesse apenas 1 ano de vida? O que você faria com 6 meses? 1 mês? E se tua vida acabasse em alguns dias? Com certeza tudo mudaria. Jogos Mortais é assim. Um assombroso suspense que te faz pensar algo mais que simplesmente "manter-se vivo".
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.
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