Por que alguém rico, famoso e com tanto talento recorre às drogas? Por que existem tantas pessoas que consomem, mesmo sabendo das consequências humanas e sociais? Meu Nome Não é Johnny (Meu Nome Não é Johnny, 2008), um dos filmes brasileiros de maior sucesso desse ano, fala exatamente sobre isso. Baseado em livro do jornalista Guilherme Fiúza, o diretor Mauro Lima pôs na tela a história real do ex-traficante João Guilherme Estrella.
Meu Nome Não é Johnny se divide em duas etapas. Na primeira João deixa de ser "apenas" um usuário de cocaína e começa a ganhar dinheiro com o tráfico. O pano de fundo é o divórcio de seus pais. Depois que sua mãe (Júlia Lemmertz) saiu de casa, seu pai (Giulio Lopes) mergulhou numa depressão, agravada por uma doença pulmonar. Sem ninguém para impor limites e com a casa livre, João promovia constantes festas em que vendia drogas para a abastada juventude carioca.
É nessa época que conhece Sofia (Cléo Pires). Os dois se apaixonam e passam a aproveitar tudo que a vida desregrada é capaz de oferecer. Toda a grana que João ganha nas drogas torra de imediato. Já bastante famoso no Rio de Janeiro, o playboy recebe um convite para levar alguns quilos de cocaína para a Espanha. Disfarçando o bagulho em casacos ele consegue entregar a mercadoria. Com o dinheiro em mãos, João e Sofia fazem um fantástico tour pela Europa.
Meu Nome Não é Johnny é bem menos do que eu esperava. Gostei do filme, mas acho que faltaram surpresas e um enredo mais caprichado. A história do João Estrella é espetacular, mas não tem diferença daquilo que estamos acostumados a assistir todo dia na imprensa, seja com playboys, celebridades ou pais de família. Um filme com uma mensagem otimista, mostrando aos jovens que apesar de irresistivelmente glamuroso, o caminho das drogas cobra um preço alto demais. Pena que o aprendizado humano – ao longo dos séculos - venha se resumido à experimentação.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.