segunda-feira, 26 de janeiro de 2009 às 21:29

Sete Vidas: até onde você iria para curar uma ferida?

Sete VidasWill Smith foi o ator mais lucrativo de 2008. Essa foi a conclusão da Pesquisa Quigley, levantamento realizado anualmente desde 1932 com os compradores de filmes e proprietários de salas de cinema dos EUA. Não há dúvida que os sucessos de "Hancock" (leia a resenha) e "Eu Sou a Lenda" (leia a resenha) elevaram o ator a um novo patamar. O cara é certeza de cinema lotado, a crítica o adora, as pessoas o amam. Talento? Com certeza, ainda mais quando vem acompanhado de simplicidade e bom humor.

Superproduções parecem ser a especialidade do eterno Agente J. Mas é justamente quando ele se livra das amarras tecnológicas que consegue demonstrar todo seu potencial artístico. Vide "À Procura da Felicidade" (leia a resenha), do diretor italiano Gabriele Muccino. Em Sete Vidas (Seven Pounds, 2008), do mesmo Muccino, Will Smith mais uma vez prova seu talento. Talvez Sete Vidas represente o ápice de sua carreira do ator. O engraçado é que isso não foi suficiente para merecer uma indicação ao Oscar.

Sete VidasSete Vidas

A história explora o drama vivido por Ben Thomas (Will Smith), um funcionário público que trabalha com cobrança de imposto de renda. Um simples burocrata engravatado? É o que pensamos ao iniciar o filme. Aos poucos descobrimos que Ben foi um brilhante aluno de engenharia da cultuada MIT. Uma tragédia em seu passado o fez perder o gosto pela vida. Carregando um grande sentimento de culpa, ele articula uma maneira de salvar a vida de sete pessoas que nem conhece. Porém, quando conhece Emily Posa (Rosario Dawnson) encontra um novo motivo para viver. Ou não.

O começo é bem estranho, confuso, difícil de entender. Aos poucos, e de forma bem cadenciada, a história vai ficando simples. Conhecemos Ben através de flashbacks. O sujeito - que parecia tão antipático - esconde uma generosidade exacerbada, fora do comum. E essa é justamente a mensagem deixada por Sete Vidas: até onde você iria para curar uma ferida? A resposta é um final emocionante, chorei por uns 10 minutos. É impossível não se enxergar na tela. Uma belíssima mensagem sobre transplante de órgãos, segurança no trânsito e a importância da vida. Tinha que ser obrigatório nas escolas. Nota 4/5

Confira o trailer legendado clicando no botão play da imagem abaixo.

Comentários
2 Comentários

2 [+] :

Anônimo disse...

1.Excelente título (1º).
2.Resenha melhor que o filme.
3.A única cena boa é a da água-viva.
4. Não chorei.
:)

Daniel Castelo-Branco disse...

Insensível.

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