Antes do lançamento do filme, Eli Roth prometia em entrevista que O Albergue 2 seria aterrorizante: "Diferente do primeiro, este não será um filme-família", comentou o diretor, com sarcasmo. "Este terá algum sangue e será um pouco mais sombrio e violento", completa. E ele provoca mais: "O primeiro filme é uma jornada ao inferno que começa divertida. A segunda parte vai começar assustadora e vai se manter arrepiante até o final".
Mentira! O filme é ultrajante. Eu me pergunto por que diabos o Tarantino foi se meter num projeto de bosta feito esse. Um filme sem paixão, sem diálogos inteligentes, sem cultura pop, sem personagens estilosos e cenas inovadoras. Ainda bem que Eli Roth prometeu que não haverá "O Albergue 3". Sorte nossa!
E não haverá porque acabou o interesse pelo filme. A bilheteria de O Albergue 2 foi pífia nos Estados Unidos. Ninguém está mais interessado nessa história de sexo e sangue. Aliás, estou convencido que O Albergue 2 é um grande fetiche de Eli Roth. Ele deve ficar excitado vendo mulheres nuas banhando em sangue e cortando bilaus.
A trama se foca em três jovens americanas que estão em Roma durante o verão fazendo um curso de arte. Numa viagem de trem as moças são atraídas para aquele velho albergue eslovaco do primeiro filme. Logo, as amigas se vêem experimentando uma realidade cruel ao caírem nas mãos de homens que pagam para torturar pessoas até a morte.
Para fechar com chave de ouro, a última cena mostra um grupo de crianças jogando futebol com a cabeça da mulher decepada. É bizarro, o garoto chega a comemorar um gol feito o Ronaldinho. Muitos argumentam que filmes de terror são assim mesmo: o importante é ver olhos sendo arrancados, cachorros devorando homens, carne humana sendo saboreada e vísceras para tudo que é lado. Mas é possível mostrar tudo isso de uma forma inteligente, basta lembrar de Kill Bill, Sin City e Hannibal.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.
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