Mas dessa vez Hollywood foi longe, nos levou à cidade de Barrow, extremo norte do Alasca. Os poucos corajosos que moram por lá, enfrentam 30 dias seguidos sem a luz do sol (na realidade são 55 dias, mas e daí?). Esse é o ambiente ideal para a proliferação de animais noturnos como: corujas, raposas, sapos e... vampiros.
A partir desse argumento, Sam Raimi (o verdadeiro "Homem-Aranha") reuniu sua equipe e adaptou a premiada graphic novel de horror 30 Dias de Noite, de Steve Niles e Ben Templesmith, para o cinema. É uma história sobre vampiros, embora a caracterização fuja um pouco do estereótipo dracular que nos acostumamos. Mas são vampiros: em carne, osso e dentes.
Gostei do filme, embora entenda que vampiros devam trabalhar obedecendo uma base mitológica. Sem isso a história tende a ficar gratuita. Em 30 Dias de Noite os vampiros só matam, comem e dormem. Os caras promovem um verdadeiro banquete de sangue. Não faltam: cabeças decepadas à base de machadadas, miolos ao longe com tiros certeiros e fraturas expostas jorrando sangue. É estranho não fundamentar teoricamente tudo isso.
Deixando essa minha cretinice de lado, aplausos para os idealizadores do projeto. Tenho certeza que a revista em quadrinhos de 30 Dias de Noite é excelente, mas só o cinema é capaz de nos aplicar tantos sustos bacanas. Um dos maiores responsáveis é o demoníaco Vincent (Danny Huston), o vampirão chefe. As caras e bocas do malandro irão povoar meus pesadelos por um bom tempo.
Porém, acredito que algumas cenas poderiam ser cortadas. A morte da vampirinha de 6 anos [chute meu] é ultrajante. Outra: assistir cabeças sendo decepadas, depois de tantos vídeos reais da Al-Qaeda, não é divertido. Finalmente, o prêmio "grotesco do ano" vai para... Billy Kitka (Manu Bennett), o policial que matou a própria família para não vê-la sendo devorada pelos vampiros. Durma com essa.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.