Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio: funk japonês no luxuoso submundo dos jovens asiáticos

Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio (The Fast and the Furious: Tokyo Drift, 2006), dirigido pelo desconhecido Justin Lin, é o terceiro filme da seqüência. Tudo começou com "Velozes e Furiosos" (2001), um mega sucesso dirigido por Rob Cohen que recebeu 5 indicações ao MTV Movie Awards, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Vin Diesel). Além de ter transformado-se no game mais "viciante" do últimos tempos, Need for Speed Underground, ao qual já bati vários recordes [risos].

Dois anos depois veio "+ Velozes + Furiosos" (2003), com direção de John Singleton. O astro Vin Diesel recusou-se em participar da seqüência. Ele considerou que o final do primeiro filme não permitia um retorno lógico de seu personagem à trama. Sábia decisão. O resultado é que "+Velozes + Furiosos" recebeu 2 indicações à Framboesa de Ouro [uma famosa "premiação" para os piores filmes levados às telas de cinema], nas categorias: Pior Refilmagem e Pior Desculpa para Fazer um Filme.

O terceiro episódio de Velozes e Furiosos é chamado "Tokyo Drift" pelo estilo de corrida mostrado no filme. Drift, na tradução livre, significa deslizar. Os carros deslizam nas curvas fechadas. É uma modalidade que briga com as leis da física, e que ganhou fãs no Japão e Estados Unidos. Recentemente esse estilo chegou ao Brasil. A revista Auto Esporte explica que o carro pra encarar essa modalidade deve ser bem modificado. Algumas características são essenciais: tração traseira, câmbio mecânico e diferencial blocante. E para andar no limite é preciso usar até óleo de moto no motor do carro.

Essa novidade transformou Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio no melhor filme da série. Sem dúvida muito mais emocionante que todos os outros. A história gira em torno do encrenqueiro Shaun Boswell (Lucas Black). Todo probleminha é motivo para Shaun participar das corridas ilegais nas ruas. Depois de uma divertida cena no começo do filme, Shaun vai morar com seu pai no Japão, evitando ser preso nos EUA.

As cenas do processo de adaptação do americano Shaun ao estilo de vida japonês são ótimas. As casas minúsculas, as roupas formais, o idioma difícil, os trens lotados e a comida esquisita. As luzes neon da cidade também são um show a parte. Aliás, linda fotografia e excelente música. Baladas ao som do funk japonês no submundo dos jovens asiáticos abastados.

Sim, mas quem assiste Velozes e Furiosos está atrás mesmo é de velocidade. Nisso o filme tem de sobra. Pouco tempo em Tóquio e o cowboy Shaun já arruma confusão com D.K. (Brian Tee), sobrinho do chefão da máfia Yakuza. No final ele acaba resolvendo todos os seus problemas com um racha incrível numa estrada de montanhas, ou Touge, como chamam os profissionais de drift.

Você sai do cinema com o pulmão sufocado pelo cheiro de pneu queimado, tonto com as perseguições dentro de curvas fechadíssimas e uma vontade louca de pisar fundo no acelerador. A cereja do bolo ficou para a última cena. Uma participação inesperada do astro Vin Diesel, fazendo todo mundo abrir aquele sorrisão.