Para antecipar minha opinião sobre o filme, vou logo adiantando que tenho alergia a musicais. Acho engraçado demais quando os personagens começam a conversar através de canções "improvisadas". É bizarro! No entanto, quando descobri que Dreamgirls se ambienta na magnífica década de 60, comecei a criar uma certa expectativa. Imaginei um universo de Rock, R&B, Jazz, Blues, tudo fervilhando numa panela musical destampada.
Tudo começa quando Curtis Taylor Jr. (Jamie Foxx), um vendedor de carros, põe em prática o sonho de deixar seu nome marcado no mundo da música. O sujeito então conhece o grupo The Dreamettes, formado pelas cantoras Deena Jones (Beyoncé Knowles), Lorrell Robinson (Anika Noni Rose) e Effie White (Jennifer Hudson). Logo as meninas são convidadas a fazer backing vocal para o astro James "Trovão" Early (Eddie Murphy), o pioneiro de um novo som em Detroit. Tudo desanda quando a beleza de Deena se torna mais importante que a voz de Effie.
O mais legal em Dreamgirls é acompanhar as disputas raciais entre brancos e negros americanos. É chocante saber que a autoria de vários sucessos da Black Music era roubada por cantores brancos, como Elvis Presley. E não havia "direitos autorais", os caras escutavam a música e regravavam como se fossem deles. Ridículo.
Na rapa do tacho de Dreamgirls, quem saiu por cima foi Jennifer Hudson. A moça gordinha - excluída do programa de TV "American Idol" - faturou o Oscar logo no primeiro filme de sua carreira. E olha que para interpretar o papel de Effy White, Hudson teve que vencer outras 782 atrizes, incluindo sua rival no programa, Fantasia Barrino. Essas gordinhas são arretadas mesmo.
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