O Reino (The Kingdom, 2007), recente bomba da indústria do cinema, é uma história para não ser esquecida. Não que seja inédita, muito pelo contrário, basta ligar a TV depois das 18hs e lá estão os fatos. A questão é: O Reino não carrega a frieza de um telejornal, ele seduz o jovem a "entender" o atual cenário político com uma bela contextualização inicial e excelentes seqüências de ação usando o jeito "Counter Strike" de filmar.
Porém, quando a equipe chega ao deserto, se depara com autoridades sauditas desconfiadas e hostis. Agregue a isso o despreparo e a má vontade e teremos então um belo problema diplomático. De mãos atadas, os agentes do FBI percebem que sua experiência é inútil caso não conquistem a confiança dos sauditas. É quando Fleury consegue o auxílio do coronel Faris Al Ghazi (Ashraf Barhom), que foi designado para proteger os visitantes americanos.
Fiquei com a impressão que, de certa forma, Bin Laden é o centro de tudo. Sinceramente? O Reino é um filme que não quero mostrar para meus netos. Tenho vergonha de fazer parte dessa história, desse contexto, dessa briga, dessa merda de desconfiança generalizada. Chego a sentir saudade da Igreja Católica e a Santa Inquisição, e esse é o maior perigo. A lógica Bush! A lógica do alerta vermelho constante! A lógica eterna do Grande Irmão! Mas fique tranqüilo, antes do final mataremos todos eles.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.
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