sexta-feira, 18 de julho de 2008 às 06:00

Supermercado 2.0: uma ameaça ou oportunidade para aumentar as vendas?

No último post alguém que não me conheça pode pensar que sou uma pessoa que não gosta da área do marketing e propaganda por achar que ela vende apenas ilusões, porém essa não é minha visão.O que seria de produtos bons se não fôsse suas campanhas de publicidade? Simplesmente quem não aparece na mídia está fadado ao fracasso, mesmo o produto sendo a solução para todos nossos males, um verdadeiro Emplasto Brás Cubas.

Agora existem situações que a tecnologia não consegue entrar de forma alguma para melhorar nossa vida cotidiana e adminstradores não a querem rondando seus estabelecimentos, é o caso das compras em supermercados onde pouca coisa evoluiu ao passar dos anos.

Se as pessoas pararem para pensar o ato de fazer compras em grandes redes de supermercados e a venda de Seu Zé em Caxingó é basicamente a mesma coisa, a pessoa seleciona os produtos e leva ao caixa que será totalizado, pago e colocado em uma sacola para transporte, o que muda é que enquanto um supermercado utiliza um caixa computadorizado com leitores de código de barras o Seu Zé usa uma calculadora e uma cardeneta, porém ambas soluções é um sistema de informação.

Grandes redes de supermercados sabem que vivemos na era da mobilidade e da informação e grandes sistemas informáticos são adquirido por eles para controles de uma gama enorme de informações que para eles são valiosas, porém mesmo tendo um sistema muito bom de processamento de dados, os usuários do sistema ainda perdem algumas horas fazendo suas compras do mês, mesmo eles sabendo que existem tecnologia como a do RFID e carrinhos inteligentes que poderiam e muito melhorar a vida do consumidor.

Basicamente RFID é um código de barra do século XXI, é um chip contendo informações ligado a uma antena passiva, que reage quando excitada por um campo eletromagnético, não necessitanto a retirada do produto do carrinho para sua totalização ao entrar no campo de atuação da antena, os dados são transferidos automaticamente para um computador.

O mais interessante que essa totalização pode ser feita ainda enquanto se faz as compras, bastando o computador está montado no próprio carro de feira, algo também possível. E como conseguência ao chegar na saída da loja o valor e dados seria finalmente computada pelo caixa e pago pelo usuário, uma economia de tempo para o usuário e ganho de produtividade para os funcionários dos caixas.

Essa tecnologia já é encontrada em vários supermercados pelo mundo. Nesse texto tive como base um supermercado na Alemanha, infelizmente não consigo encontrar vídeos do funcionamento dele, bem como o funcionamento da realidade aumentada para localização de produtos. Porém, mesmo nos melhores supermercados do mundo essa tecnologia é difíci de ser encontrada, excluindo experiências pontuais. No Brasil, algumas filiais do Grupo Pão de Açucar usam a tecnologia de RFID na seção de vinhos.

E por que essa tecnologia ainda não está mais presente? Eu também não sei, porém conversando com amigos eles dizem que ela não está presente pelo mesmo fato que não existem relógios dentro de supermercados e cassinos, eles querem que percamos a noção de tempo e de quanto dinheiro está se gastando no estabelecimento, idéia para mim bastante arcaica (excluindo-se lógico no caso do cassino).

      

Os administradores de supermercados ainda não acordaram para o fato que a população da era da internet quer tudo veloz, quer interação e praticidade, ou seja, um sistema de RFID numa rede que contabilize as compras on-line nos carros, junto de um sistema de localização de produtos usando realidade aumentada.

É um gasto inicial certamente grande, porém facilmente rebatido pelo aumento de vendas, pois é notório que todas as famílias tem que pelo menos uma vez ao mês a missão de enfrentear um supermercado e o que as deixas mais frustradas não é o ato de escolher os produtos e sim o ato de pagá-los.

É uma idéia radical para os administradores dá o poder ao usuário do sistema de saber o quanto está gastando antes de chegar ao caixa, porém essa idéia de entregar o poder ao usuário do sistema já está bem consolidada na web 2.0 e vê-se que é algo que funciona e que pode extrapolar o mundo virtual, com ganhos para todos no processo.
Daniel: Alguns supermercados da rede E-Mart na Coréia do Sul, já trabalham com RFID há alguns meses. O interessante é que antes de se dirigir ao estabelecimento, você acessa o site da empresa e faz sua lista on-line de compras. Ao pegar o carrinho disponível na loja, sua lista é emitida e o computador localiza cada um dos itens, apontando de forma detalhada a prateleira em que se encontram. No outro lado, os gerentes sabem a quantidade exata de clientes no supermercado, podendo disponibilizar o número ideal de guichês para atendimento.
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Daniel Castelo-Branco disse...

Alguns supermercados da rede E-Mart na Coréia do Sul, já trabalham com RFID há alguns meses. O interessante é que antes de se dirigir ao estabelecimento, você acessa o site da empresa e faz sua lista on-line de compras.

Ao pegar o carrinho disponível na loja, sua lista é emitida e o computador localiza cada um dos itens, apontando de forma detalhada a prateleira em que se encontram. No outro lado, os gerentes sabem a quantidade exata de clientes no supermercado, podendo disponibilizar o número ideal de guichês para atendimento.

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