Na história, Harold Lee (John Cho) e Kumar Patel (Kal Penn) são perseguidos pelas autoridades ao tentar embarcar num vôo para Amsterdam com uma "bomba" de maconha. Os caras são confundidos com terroristas e, após passarem por uma série de interrogatórios, são detidos e mandados para a famigerada prisão militar de Guantánamo, na ilha de Cuba. Desesperados, terão que encarar os mais diversos problemas para desfazer esse mal-entendido.
O título nacional do filme não tem nada a ver com a história. O original muito menos, já que a tal fuga de Guantánamo, acontece em poucos minutos. Uma pena, pois é no campo de detenção que ocorrem as melhores piadas. A comédia brinca com as denúncias da Cruz Vermelha Internacional de que os prisioneiros são vítimas de tortura e que os EUA desrespeitam os direitos humanos e à convenção de Genebra.
Segundo os aloprados de Madrugada Muito Louca 2, a maior dessas torturas é o "sanduíche de peru". Não me peça detalhes, só posso dizer que os guardas americanos obrigam os prisioneiros a praticar o tal sanduíche de peru com regularidade. A expressão de pavor dos comediantes é hilária. Eles então pegam carona num pequeno barco até Miami. Quando chegam aos Estados Unidos vão atrás de ajuda e acabam dando de cara com o presidente George W. Bush.
Basicamente, o filme se resume a merda, sexo e drogas. Para quem gosta dessas comédias juvenis, Madrugada Muito Louca 2 oferece um extenso catálogo ginecológico. É interessante perceber que os últimos lançamentos de humor estão cada vez mais escancarados, um outro exemplo é "Ressaca de Amor" (leia a resenha), que não faz questão de esconder nada. Aviso: prepare-se para conhecer a fundo as intimidades feminina e masculina.
Fora que o filme é uma deslavada apologia à maconha. Para os autores, todo mundo é maconheiro, desde os federais até o presidente americano. O apogeu da história ocorre quando os protagonistas finalmente chegam à Holanda, paraíso de quem gosta de puxar um baseado. Além disso, Madrugada Muito Louca 2 sacaneia com vários símbolos americanos, como: a Ku Klux Klan, o serviço secreto do governo, os fazendeiros e, principalmente, o presidente Bush. Eu nunca vi uma sátira tão contundente a um chefe de governo.
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