A Múmia 3 - Tumba do Imperador Dragão: grandes mudanças fizeram a aventura perder a graça

É bem verdade que um filme muda depois que você o assiste muito tempo depois da primeira vez. Talvez, mude você, suas predileções, sua paciência, sua vontade de acreditar na ficção da tela. Foi essa a sensação que me causou o lançamento do filme A Múmia 3 - Tumba do Imperador Dragão (The Mummy - Tomb of the Dragon Emperor, 2008). Quando vi o trailer, pensei logo em esperar para assistir na sessão da tarde, em uma tarde sem nada para fazer. Mas antes disso fui conferir no cinema o que esperava ser uma aventura divertida e empolgante como as anteriores.

Com o título Tumba do Imperador Dragão a terceira produção da série conta mais uma história vivida pelo explorador Rick O’Connell (Brendan Fraser), que desta vez enfrenta o imperador ressuscitado Han, interpretado por Jet Li. A novidade, além de o cenário ser a China, é que o filho de Rick, Alex (Luke Ford), aparece adulto e tão aventureiro quanto o pai. Tanto é, que é ele o descobridor da tumba do imperador chinês e de seu exército de 10 mil soldados que volta para dominar o mundo.

      

Com um argumento pouco convincente, planos amadores, cenas de ação e efeitos visuais aquém do esperado, os 114 minutos não conseguem conquistar o espectador. Continuam lá Rick O’Connell e Jonathan (John Hannah), irmão de Evelyn, que lembram o tom original da série. Mas, a saída de Rachel Weisz, que interpretava Evelyn, prejudica sobremaneira o charme da trama, que perde as tiradas bem humoradas, a esperteza e conhecimento histórico da arqueóloga, isto é, a própria identidade da personagem.

E no final, nada mais norte-americano do que a promessa de uma nova saga, quando o personagem Jonathan foge da China para Peru. E lá, anos depois encontram vestígios de múmias. Hollywoodiano demais para o meu gosto. Mudou o filme e mudei eu.

Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.