quarta-feira, 22 de outubro de 2008 às 02:24

Batman #71 - Tubarões em Guerra: as histórias da DC estão cada vez melhores e mais empolgantes

Batman #71 - Tubarões em GuerraO gibi Batman #71 - Tubarões em Guerra (Panini Comics, Outubro/2008) começa com a segunda e última parte da história de Grant Morrison, o roteirista mais badalado dos quadrinhos. Anteriormente, "Batman #70" (leia a resenha) havia mostrado que a reunião dos super-heróis na ilha de John Mayhew era uma grande armadilha. O vilão Luva Negra mata uma série de heróis e promove jogos mortais com o restante do grupo. Até o fim da história, um deles irá se revelar o traidor do grupo e enfrentará Batman. O sujeito culpa o Homem-Morcego pelo fim do Clube dos Heróis, que segundo ele, poderia ter transformado todos em astros internacionais. O texto é muito bom, mas o destaque fica por conta da arte de J.H. Williams III, como na sequência da fuga de Robin.

Em seguida temos a segunda parte de "321 Dias", história do Asa Noturna. Bem legal vê o Robin discutindo com Batman, jogando o uniforme fora, abrindo mão da alcunha de Menino-Prodígio e voltando a ser apenas Dick Grayson. Mas isso é por pouco tempo, mal de adeus a Gotham City e já inicia uma nova vida como Asa Noturna. A história começa mostrando a paixão reprimida de Dick por Liu, namorada de Eddie Metal, seu mestre. Mas o foco é o novo e misterioso Vigilante, que acompanha todos os passos do Asa Noturna, colocando o herói contra a parede.

A terceira de Batman #71 é comandada pela Mulher-Gato, concluindo a história de Will Pfeifer. Selina tenta impedir a explosão de uma bomba biológica, contendo toxinas suficientes para aniquilar metade de Gotham. O duelo com a sensual Magda, do grupo de amazonas terroristas, termina com miolos jogados ao vento. Sensacional. Mas Selina ainda terá que vencer Rena, a última das guerreiras Banas. O sofisticado duelo de trapaças envolve até o pequeno bebê filho de Selina, trazendo dramaticidade e realismo ao roteiro. Muito bom.

Finalmente temos a história da série Detective Comics, que ilustra a capa do gibi, trazendo um caso de investigação que servirá como exercício ético ao Homem-Morcego. Alguém está tentando matar os componentes da gangue Trio Terrível, formada pelo Tubarão, Volper e Fisk. O assassino usa métodos pouco ortodoxos como jogar as vítimas aos tubarões, lobos e abutres. Destaque para o ataque dos cães selvagens, até Batman sai ferido. O grande mérito aqui é a sequência linear da arte de Andy Clarke, facilitando a leitura e o entendimento da trama.

As histórias da DC estão cada vez melhores e mais empolgantes. No bate-papo com os leitores, chama muita atenção a vontade que os caras da DC Brasil tem de acertar, fazer uma boa revista e entreter com qualidade. E o mais legal é que eles nunca deixam de lado a visão crítica, sempre estão do lado do leitor, reconhecem que alguns roteiros são ruins, pedem desculpas quando coleções são descontinuadas e não tem vergonha de pedir ajuda aos fãs. É bem legal vê isso numa publicação desse nível. Nota 3/5

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