Depois de ter assistido "Sukiyaki Western Django" (leia a resenha) e ter gostado muito de todo o filme, nada mais natural do que assistir Os Invencíveis (Joheunnom Nabbeunnom Isanghannom / The Good, the Bad, the Weird, 2008). Pra mim deve ter alguma relação com o filme "The Good, the Bad and the Ugly", western italiano de 1967, mas que infelizemente eu nunca assisti. Existe também uma música de bem popular composta por Enio Morricone, que tem o mesmo nome desse filme.
Esse foroeste sul-coreano é levado mais a sério na escola de cinema macarrônico italiana, repleto de cenas cômicas durante os tiroteios. Para mesclar ação e comédia, podemos colocar também um tempero insólito fruto da influência do cinema de Hollywood.
A trama que sustenta o filme não é seu forte, pois a história se baseia na disputa por um mapa entre o exército e uma organização de independência da Manchúria, que acreditava conter o local de um grande tesouro. Por isso logo no início do filme somos apresentados ao mapa e todo a recomendação de que ele seja entregue a Kanemaru. Paralelamente esse mesmo personagem arquiteta o roubo do mapa por Park Chang-yi (Byung-hun Lee).
Na outra ponta da trama o exército revolucionário contrata um caçador de recompensas para interceptar o roubo do mapa e prender Park Chang-yi. O nome desse caçador é Park Do-won (Woo-sung Jung), com dois personagem com nomes parecido seria melhor se eles se chamassem Zezim, Chico ou Maneco, porque algumas vezes a pessoa chega a ficar confusa com os nomes.
Na eletrizante cena do roubo do mapa há uma grande sincronia entre a ação e a trilha sonora. O grande problema é o áudio das armas, que não ficou muito real. Mas esse detalhe não prejudica muito. Nessa cena surge outro personagem importante da trama: Yoon Tae-goo (Kang-ho Song), que (por acaso do destino e por ser um reles ladrão barato) consegue chegar à frente dos inimigos e roubar o mapa.
Um diferencial em Os Invencíveis é que apesar de ser um western ele não é fiel ao tema. Além dos tradicionais cavalos, trens, botas e chapéus, temos também carros, motos e metralhadoras. Mesmo nessa atmosfera modernosa, o filme é classificado como western, o que mostra que um gênero antigo pode ser renovado sem muito exagero.
Mesmo com bons personagens e algumas ótimas cenas de ação, a história de Os Invencíveis não convence. Em momentos a narrativa fica muito chata, sumindo completamente o teor cômico. Na segunda metade do filme se perde e não se encontra mais. Talvez o ponto forte seja o perfeito encaixe entre boa música e boas imagens. O problema é que somente isso não segura um filme de longas duas horas.
Clique em play para ver o trailer:
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009 às 11:24
Os Invencíveis: um faroeste sul-coreano com direito a carros, motos e metralhadoras
Os Invencíveis: um faroeste sul-coreano com direito a carros, motos e metralhadoras
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