E assim como no mito, James Cameron juntou numa pequena caixa 3-D chamada Avatar (Avatar, 2009), todas as qualidades da recente cinematografia fantástica. O filme, por exemplo, tem inovações linguísticas (O Senhor dos Anéis), rebelião da natureza (As Crônicas de Nárnia), integração homem-máquina (Matrix), ineditismo tecnológico (Star Wars) e manipulação neural, temática já explorada em andróides (Substitutos) e presidiários (Gamer).
Ainda que não propositalmente, as referências de Avatar enriquecem a história, tornando o filme um mundo de novas descobertas e experiências. E provavelmente a maior delas seja visual. Avatar foi feito para os olhos. Desse modo, mesmo que sua TV tenha 50'', seria um crime assisti-lo em casa. Até mesmo aquele cineminha do shopping já não serve. Avatar requer óculos especiais e uma mega sala de cinema com 3-D estereoscópico.
Na história, Jake Sully (Sam Worthington) é um ex-fuzileiro naval paraplégico, recrutado para fazer parte do Projeto Avatar, liderado pela Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver). A tecnologia empregada consiste em projetar sua consciência no corpo clonado de um Na’vi, como são chamados habitantes indígenas da lua Pandora. O objetivo dessa experiência é permitir que o militar se infiltre na região e prepare o terreno para a exploração dos recursos naturais. O problema é que o sujeito apaixona-se pela floresta, pelo povo e pela guerreira Neytiri (Zoë Saldana), transformando a história numa grande jornada de descoberta, amor e redenção.
Confira o trailer: