Digo isso porque passei muito tempo desrespeitando os romances de auto-ajuda. Hoje sei reconhecer sua importância na prateleira das livrarias. Parte dessa mudança se deve às ótimas adaptações que surgiram nos últimos anos. Normalmente fiéis ao texto original, os filmes têm conseguido cativar novos leitores. O último exemplo é Comer, Rezar, Amar.
A chegada à Itália foi cercada de expectativas. Eu ri um pouco achando que o filme exploraria um cenário mais romântico do país. Foi assim com a Espanha mostrada em " Vicky Cristina Barcelona". Mas Comer, Rezar, Amar apostou num cenário natural, apresentando uma Itália mais popular e realista. Até partida de futebol num boteco de Roma é atribuída a importância devida.
Apesar de tudo, Comer, Rezar, Amar acaba cumprindo seu papel de entretenimento. Eu diria até que é um filme corajoso. A protagonista abandona o "sonho feminino" e vai em busca da felicidade anônima. Não pergunte o que significa, pois o filme não consegue explicar. Por isso, a impressão final é que a história diz muito e não diz nada.
Comer Rezar Amar (Eat, Pray, Love, 2010)Confira o trailer legendado:
Diretor: Ryan Murphy
Roteiristas: Ryan Murphy, Jennifer Salt, Elizabeth Gilbert
Elenco: Julia Roberts, I. Gusti Ayu Puspawati, Hadi Subiyanto, Billy Crudup, Viola Davis, A. Jay Radcliff, Ashlie Atkinson, James Franco, Lisa Roberts Gillan, Gita Reddy, Dwayne Clark, Jennifer Kwok, Mary Testa, Elijah Tucker, Karen Trindle, Richard Jenkins.
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