E a melhor maneira de fugir do abatimento é trabalhando. No filme A Ponte do Rio Kwai (1957), esse é o mote usado pelo oficial inglês Nicholson (Alec Guinness) para manter a moral de sua tropa elevada. Eles são prisioneiros dos inimigos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Forçados a construir a tal ponte, decidem empregar seu esforço para demonstrar o que eles chamam de "superioridade britânica".
São quase duas horas de filme, a maior parte do tempo é uma disputa infantil de poder. O britânico tentando convencer o Coronel Saïto (Sessue Hayakawa), comandante japonês do campo de prisioneiros, que os oficiais não deveriam ser submetidos a trabalhos braçais. Incrível a cara de pau! Já os soldados não podiam reclamar do trabalho excessivo, malária, disenteria, beribéri, gangrena, fome, ferimento, picada de cobra e punições ao estilo samurai.
Esse duelo entre a cultura japonesa e o modo de vida britâncio é justamente o ponto central da trama. Mas não gostei do resultado. Na verdade, achei o argumento uma forma descarada de fazer apologia à disciplina militar. Por isso não entendo o motivo de tantos prêmios. Só Oscar foram sete, incluindo Melhor Filme e Diretor. Pra mim, A Ponte do Rio Kwai foi apenas chato, inconsistente e infundado.
Ficha técnica:
Título no Brasil: A Ponte do Rio KwaiConfira o trailer:
Título Original: The Bridge on the River Kwai
Ano de Lançamento: 1957
País origem: Estados Unidos/Inglaterra
Direção: David Lean
Roteiro: Pierre Boulle, Michael Wilson, Carl Foreman
Elenco: Alec Guinness, Jack Hawkins, William Holden, Sessue Hayakawa, James Donald, Geoffrey Horne, André Morell, Peter Williams
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