A comédia O Ditador promove uma reflexão sobre esse assunto. Em seu peculiar estilo, o britânico Sacha Baron Cohen emula um ditador de um país fictício do norte da África. Em visita ao EUA, ele sofre um golpe de Estado patrocinado pelo interesse externo nas riquezas do país. Com aval da ONU, o país inicia o processo de democratização. A tarefa do personagem título é provar que a ditadura é o melhor regime para o povo.
O Ditador tem um roteiro muito bem escrito. A ideia geral é válida e a motivação dos personagens convicente. Também gostei da qualidade da produção. Diferente de "Borat" (2006) e "Brüno" (2009), agora temos um filme hollywoodiano, na acepção real da palavra. Livre de moralismos sexuais, religiosos ou políticos, Sacha Baron Cohen sobe alguns degraus e alcança Michael Moore como grande crítico do "American way of life".
Vale o ingresso só pela participação da Megan Fox -- no papel de Megan Fox -- como prostituta de luxo. Apesar desses bons momentos, O Ditador é um filme cansativo. Depois de um começo empolgante, a história entra em marasmo e fica arrastada até o fim. A baixa coincide com o início de um romance forçado e sem química. O resultado final é uma pequena constituição de piadas morais que explora as falhas do nosso sistema de valores.
Ficha técnica:
Título no Brasil: O DitadorConfira o trailer legendado:
Título Original: The Dictator
Ano de Lançamento: 2012
País origem: Estados Unidos
Direção: Larry Charles
Roteiro: Larry Charles
Elenco: Sacha Baron Cohen, Ben Kingsley, Jason Mantzoukas, Anna Faris, J. B. Smoove, Megan Fox, John C. Reilly, B. J. Novak, Olivia Dudley
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