Para alguns poucos, uma vodka martini batida, uma pistola automática e um possante são suficientes. James Bond (Daniel Craig), por exemplo, nunca reclamou da vida que leva. Mas em 007 Contra Spectre, o agente secreto se torna obsoleto. O governo britânico cria uma tecnologia global de espionagem, encerra a divisão do MI-6 e declara oficialmente encerrada a carreira de James Bond. Apesar disso, 007 conduz uma investigação pessoal sobre uma misteriosa organização chamada Spectre, fechando o ciclo iniciado em "Cassino Royale".
007 Contra Spectre é um filme intimista, bem produzido e com uma mensagem relevante. Mas de maneira geral não gostei. Achei o roteiro ruim, com uma montagem que deixou a história chata e cansativa. A sala de cinema era praticamente um velório. Até uma tiazinha engasgada com a pipoca parecia mais divertido ao que se passava na tela. Não que o filme mereça desprezo. James Bond continua igualzinho. O prólogo na Cidade do México é espetacular! Mas o processo de apresentação e desmontagem da Spectre ficou confuso¹.
O que mantém o interesse até o fim é a qualidade do elenco, em especial Christoph Waltz. Ele dá um tom divertido ao personagem Franz Oberhauser e consegue rivalizar na mesma altura do agente secreto. O problema é que Spectre prometeu muito mais do que entregou. Por isso ficou abaixo da minha expectativa. O debate verdadeiro sobre o tipo de carceragem que vivemos não foi suficientemente abraçado. No fim tudo parecia uma briga de gerações pelo controle da espionagem britânica.
Ficha técnica:
Título no Brasil: 007 Contra Spectre
Título Original: Spectre
Ano de Lançamento: 2015
País origem: Reino Unido, EUA
Direção: Sam Mendes
Roteiro: John Logan, Neal Purvis, Robert Wade, Jez Butterworth
Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ben Whishaw, Naomie Harris, Monica Bellucci
Confira o trailer legendado:
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