Star Wars - Guerras Clônicas: a minissérie televisiva que amplificou a visão de George Lucas

Star Wars - Guerras Clônicas (Star Wars: Clone Wars, 2003-2005) é uma minissérie televisiva de animação sobre a saga Star Wars. A história se passa nos 3 anos entre os filmes "Star Wars: Episódio II - O Ataque dos Clones" (2002) e "Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith" (2005).

Quem gosta de Star Wars e pensa que essa animação não tem importância para a saga, está completamente enganado. Durante as Guerras Cônicas, muitos personagens foram introduzidos na saga, como Asajj Ventress, Durge e o próprio General Grievous. Ênfase nesse último. Com seus múltiplos braços, estrutura corporal aracnídea e habilidades de um poderoso Sith, o General Grievous revela-se o maior matador de Jedi do universo.

O mais legal nessa animação é que ficou bem claro que as Guerras Clônicas foram, na verdade, apenas um estratagema do vilão Chanceller Palpatine. O Lorde Sith Darth Sidious habilmente alimentou os dois lados da guerra, como parte de um plano para aumentar a confiança dos Jedi nos clones. Logo mais tarde os clones trairiam os Jedi no filme "Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith". Particularmente acho que a principal conseqüência das Guerras Clônicas foi o aumento da revolta de Anakin Skywalker. Na animação ele duplica seus poderes, transforma-se num Jedi e fica a um passo do lado negro da força.

Eu diria que Star Wars nasceu para virar animação. Os Jedi são muito mais espertos, as lutas bem mais plásticas, os Sith mais poderosos e os duelos muito mais divertidos. Star Wars - Guerras Clônicas foi tão bem aceito pela crítica que a miniessérie venceu o grande Prêmio Emmy 2005. Isso graças a direção de Genndy Tartakovsky (criador da série Samurai Jack). O cara conseguiu brilhantemente tornar exponencial a visão de George Lucas. Eu chutaria que o estilo dinâmico mostrado em Guerras Clônicas sempre foi o grande sonho de Lucas. Logicamente era impossível mostrar tanta plasticidade com atores de carne-e-osso.

A minissérie está dividida em dois volumes. O Volume 1 tem foco nas batalhas e confrontos com sabres de luz. Os Cavaleiros Jedi liderados por Mace Windu, juntamente com os soldados do exército clone da república, lutam contra as forças andróides dos Separatistas, liderados pelo maléfico Lorde Sith Conde Dookan.

Quando li que a dublagem do desenho não usaria os mesmos atores que participaram dos Episódios I, II e III, fiquei receioso. Mas depois de assistir, mal dá para perceber diferença, as vozes até que são bem parecidas. Minimizou esse problema a utilização dos mesmos sons e músicas da orquestra de John Williams, que fizeram sucesso na trilogia de carne-e-osso.

Um ponto fortíssimo de Guerras Clônicas é a direção de arte de Paul Rudish. Uma primeira olhada nos traços perfeitos da animação e você fica logo maluco. Cada detalhe minimamente pensado e trabalhado. Um universo mitológico jamais encontrado nos outros filmes da saga.

O Volume 2 começa com o resgate dos Jedi no planeta Hypori. Dentre os acontecimentos que a série mostra, os principais são os últimos testes para Anakin Skywalker tornar-se um Jedi. Nessa minissérie é que sabemos como ele ganhou aquela cicatriz no olho e principalmente o rito de consagração de Anakin como Cavaleiro Jedi (inédito durante toda a saga). Além disso, o Volume 2 da série mostra o início do cerco a Coruscant, ponto de partida do filme "Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith".