sexta-feira, 25 de julho de 2008 às 06:00

Rock Band e o modelo de jogos expansíveis

Que a indústria dos jogos eletrônicos hoje já tem um faturamento que supera a indústria cinematográfica, isso já foi repetido aos quatro ventos milhares de vezes e portanto se for uma mentira ela passa a automaticamente a ser uma verdade.

Na verdade essa é uma afirmação correta sendo um fato que grandes produções Hollywoodianas evitam serem lançadas em semanas próximas a jogos aguardados para não perderem bilheteria, porém o que me surpreende nessa indústria é a capacidade dela se reinventar.

Fazer um jogo hoje é impossível para uma única pessoa, é necessário uma grande equipe o que torna todo o processo um investimento na casa dos milhões de dollares, por isso essa indústria com receio de amargar prejuízos de vendas com jogos ruins, sempre aposta nas franquias que é sucesso, tudo aprendido no cinema, pois se o filme tem bilheteria pode-se esperar várias continuações.

Porém com a chegada de consoles dotados de memória de armazenamento (HD) a indústria criou uma forma de ganhar e muito com esse recurso, são os conteúdos adicionais, bastante presente no jogo Rock Band.

Primeiramente, o que é esse Rock Band? É um jogo ritmico dotado de periféricos como guitarra, bateria, baixo e microfone, onde o jogo se baseia no fato do jogador acertar precisamente as notas que descem por uma barra na tela, algo que em certos níveis é algo bastante complicado.

Rock Band

Esse jogo tem vários trunfos para essa nossa época repleta de pirataria, pois o pacote do jogo contém os periféricos e só nesse especto a compra do jogo original já é um requesito básico e a segunda parte que o torna interessante é que toda semana são disponibilizada na rede músicas adicionais para venda, o que de uma certa forma deixa o jogo a cara do seu dono, pois o usuário tenderá a comprar as músicas que ele gosta.

Dessa forma sensacional os criadores do jogo não só conseguem manter o jogo sempre novo, como as vendas do pacote com os periféricos e músicas se mantém num ritmo que antes era impossível, pois jogos tendem a envelhecer e passado o hype inicial as vendas tendem a ficarem mornas, o que não acontece com um jogo que tem módulos adicionais toda semana.

E recentemente o jogo se mostrou também uma ótima plataforma de publicidade ao lançar um albúm completo da banda Judas Priest para download, para que os fãs dessa banda que já tocou no Rock in Rio aproveite as músicas de uma forma mais interativa.

Rock Band

Agora o lado ruim dessa brincadeira, primeiro para nós Brasileiros a ausência total de bandas nacionais o que é lógico pois o jogo quer ser universal e outra que os periféricos aqui custa marginalmente inferior ao valor de um console novo, para ser exato R$1099, um valor bastante proibitivo.

Contudo eu vejo nesses consoles e nesse tipo de jogo uma excelente plataforma de diversão e negócios, pois com a indústria fonográfica tendo prejuízos um jogo que venda músicas é um transporte para alavancar músicas e artistas. Acordem artistas nacionais, veja o exemplo aqui ilustrado e se re-inventem como jogo e vejam que ótimo modelo de negócio.

Gameplay:



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