As Crônicas de Spiderwick: um filme de fantasia tentando fugir do lugar-comum

As Crônicas de Spiderwick (The Spiderwick Chronicles, 2008) é uma ótima aventura infantil baseada na série popular de livros de fantasia escritos por Holly Black e ilustrados por Tony DiTerlizzi. Parece um pouco "Harry Potter", o próprio protagonista é a cara do Daniel Radcliffe. Depois de "As Crônicas de Nárnia", "A Bússola de Ouro" e "Stardust - O Mistério da Estrela" (leia a resenha), o filme tenta fugir do lugar-comum.

De certa maneira consegue, fazendo de As Crônicas de Spiderwick uma fábula bem divertida. O filme tem muita ação, efeitos visuais bacanas e uma história que mistura a temática infantil com questões adultas bem sérias. A relação explorada entre pai, mãe e filho é muito forte, inclusive com uma cena final emocionante. Bem interessante o momento em que o protagonista esfaqueia o próprio "pai". Acho que as crianças vão ficar meio assustadas.

O filme começa com um velho clichê. A família Grace se muda de Nova York para o velho casarão de um tio-avô, Arthur Spiderwick (David Strathairn). Assim que chegam, fatos estranhos começam a acontecer. Misteriosos desaparecimentos e acidentes se sucedem, intrigando os irmãos Jared (Freddie Highmore), Simon (Freddie Highmore) e Mallory (Sarah Bolger). Eles então encontram um livro mágico, escrito por seu tio-avô, revelando os segredos de um mundo repleto de criaturas fantásticas.

As Crônicas de Spiderwick

É um filme sem muita embromação, logo ficamos sabendo dos gnomos, fadas e do início da batalha. Gostei das citações élficas, lembrei de "O Senhor dos Anéis". Outra curiosidade: o vilão da história é um ogro que consegue mudar de forma. Impossível não pensar em nosso velho Shrek. Fica difícil pensar que Shrek seja um cara mal. Também confesso certo incômodo pensar numa briga do poderoso monstro contra três crianças e uma mãe. De qualquer forma, As Crônicas de Spiderwick revelou-se interessante e diferente.