Nessa altura da leitura você deve se perguntar, como alguém pode gostar de um evento em que o Brasil entra para ser mero coadjuvante? Respondo e com prazer de quem passou madrugadas após madrugadas vendo esportes não comuns em nosso país e digo, as melhores disputas foram travadas em esportes onde o Brasil não tinha representante.
Para o Brasil como para qualquer lugar do mundo é impossível ter atletas de nível olímpico em todas as modalidades, porém não justifica a imprensa nacional passar dias e dias chorando medalhas perdidas e criar a figura do atleta amarelão se não foi feito um trabalho com esses atletas há 4 anos atrás, prova disso é o vôlei feminino, que depois da lição tomada em Atenas pelas Russas, preparou-se e bem para a conquista desse ouro e nada podemos cobrar da seleção masculina que devido a graves problemas, perdeu o ouro, porém de pé e lutando.
Cheguei ao ponto em que queria, pois o esporte não deve ser encontrado num bairro, numa cidade ou num centro de treinamento isolado, o humano não deve ir atrás do esporte e sim o contrário. A culpa não pode ser atribuída a ninguém, mas a toda sociedade que dissociou a educação do esporte e acha que investir em um é diferente de investir no outro como se nas escolas não existisse a matéria de educação física obrigatória.
Agora me digam, quem ler esse texto comente. Alguém recorda como eram as aulas de educação física em seus colégios? A minha era inexistente, era um professor e uma bola que era entregue para a molecada jogar bola enquanto o "professor" dava aquele cochilo nos bancos da quadra e posso dizer que sou um brasileiro privilegiado que teve a sorte de estudar em bons colégios e vendo como era no meu, posso extrapolar como deve ser no ensino público, será que tem pelo menos a bola?
E para ser verificado, tudo realmente passa pela educação, até mesmo o esporte e como pesquisas mostram que nem bronze nós somos nesse quesito e mesmo assim estamos felizes e contentes com esse fato, não podemos esperar a transmutação de bronze em ouro.