Tudo se passa durante o ano de 1585. A Rainha Elizabeth I (Cate Blanchett) está há quase três décadas no comando da Inglaterra. Ainda assim precisa lidar com a iminente traição familiar, enquanto arruma forças para lutar contra o catolicismo fundamentalista europeu, encabeçado pelo Rei Felipe II (Jordi Mollá), da Espanha. Apoiado pelo Vaticano e armado com a Inquisição, Felipe II planeja destronar a "herege" protestante Elizabeth I, restaurando o catolicismo na Inglaterra.
O foco explorado no filme é o conflito interno da rainha, mas é no meio da história, durante o desenrolar da tensão pré-guerra, com todos os nervos se aflorando, que Elizabeth - A Era de Ouro ganha em qualidade. Muito interessante vê uma rainha, preparando-se para entrar numa guerra, tendo que participar de todos aqueles protocolos reais. A parte chata fica por conta do romance com o "pirata" Sir Walter Raleigh (Clive Owen).
Curiosamente Cate Blanchett, que ganhou o Oscar em "Elizabeth" (1998), novamente disputou (e dessa vez perdeu) a estatueta com a mesma personagem. Talvez porque Elizabeth - A Era de Ouro não tenha o mesmo vigor do primeiro. O final decepciona pela falta de emoção e adrenalina. Por outro lado, fiquei embasbacado com a fotografia da batalha final. Muito mais do que ação ou demonstrações de heroísmos o filme é um grande Museu Renascentista a céu aberto. E isso também tem seus méritos.
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