Historicamente eu compreendo a importância de algumas dinastias que dominaram o mundo. Mas hoje em dia esse tipo de herança genética não combina com os ideais democráticos de justiça social e meritocracia. Acho inclusive uma hipocrisia a Inglaterra liderar uma guerra contra a ditadura da Líbia, enquanto a maior delas está em Buckingham. Lógico que nesse caso o poder do monarca britânico é apenas simbólico, mas em todo caso, há um coroa e todos os privilégios que nenhum plebeu detém.
O filme recebeu 12 indicações no Oscar, venceu em 4 categorias, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Acabou como o grande queridinho dos críticos de Hollywood. Eu gostei da história, mas não da forma tão arrebatadora. Para mim O Discurso do Rei pareceu sonolento, sem ritmo e não conseguiu transmitiu nenhuma reflexão importante. Eu teria achado muito mais divertido explorar as diferenças filosóficas entre os personagens principais ou mesmo as fofocas do povo. O filme ficou preso ao recital real, quase nos dando uma aula de oratória.
O Discurso do Rei (The King's Speech, 2010)Confira o trailer legendado:
País de Origem: Reino Unido / Austrália / EUA
Direção: Tom Hooper
Roteiro: David Seidler
Elenco: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush, Guy Pearce, Derek Jacobi.
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