quarta-feira, 19 de novembro de 2008 às 06:36
A Era da Escuridão: mais uma fracassada adaptação dos games
A Era da Escuridão: mais uma fracassada adaptação dos games
Segundo a lenda mostrada no filme, uma grande estrutura alienígena chamada "A Máquina" veio para nosso planeta. Seu único propósito era transformar homens em mutantes. Depois de muito sofrimento, a união de antigas tribos dos homens conseguiu selar a mortífera engenhoca embaixo da terra. Por anos ela ficou protegida, sendo sua história contada apenas num livro sagrado de crônicas. Porém, no ano de 2707 as quatro grandes corporações que governavam o mundo entram em guerra. Acidentalmente acabam acionando a estrutura que mantinha "A Máquina" protegida. Os mutantes ganham a liberdade e partem para exterminar a raça humana.
O irmão Samuel (Ron Perlman), líder religioso da seita que protegia "A Máquina", une esforços com Constantine (John Malkovich), líder de uma das grandes corporações, e montam uma tropa de elite formada por sete fortes combatentes. Entre eles o major casca-grossa Mitch Hunter (Thomas Jane) e a bela guerreira oriental Valerie Duval (Devon Aoki). Eles vão ter que encarar uma jornada suicida até o miolo da terra, destruir a tal máquina e acabar com todos os mutantes. Um a um nossos guerreiros vão sendo capturados e transformados em mutantes. Entre uma decapitação e outra, espaço para rápidas demonstrações de falso heroísmo.
Baseado no velho jogo de RPG "Mutant Chronicles" (1993), em que os jogadores personificam seus personagens e saem pra matança, A Era da Escuridão não funcionou com filme. E nenhum game nesse estilo vai funcionar. Não sei o que passa na cabeça dos caras que resolvem adaptar histórias como essa. No console a lógica é atirar e correr, bastando ficar atento para evitar game-over. Mas quando se tenta vendê-la pra uma massa de gente que nada tem a ver com videogame, o resultado não podia ser outro: fracasso. Adaptam-se livros, quadrinhos, até músicas, mas ninguém conseguirá adaptar um game com qualidade. A dinâmica de um jogador é diferente do espectador.
Confira o trailer clicando no botão play da imagem abaixo.
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4 [+] :
- Luis Almeida disse...
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Eu teria dado 1 estrela
- quinta-feira, novembro 20, 2008
- Daniel Castelo-Branco disse...
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Eu dei nota 2 considerando a boa história contada no começo do filme. Exemplo: a idéia de dividir o mundo em quatro grandes corporações está presente no livro "1984". A diferença é que Orwell trabalhou isso apenas como forma imaginária, criando na população um constante clima de terror (do jeitinho que o Bush fez ao longo dos últimos anos). Além do mais é bem legal o clima meio retrô do futuro. Por isso dei uma nota 2.
- quinta-feira, novembro 20, 2008
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VOCÊ COMENTA E CONTA O ENREDO DO FILME, FAZ UMA CRÍTICA E EM NENHUM MOMENTO EXPLICA PORQUE O FILME É RUIM? DIZER QUE É RUIM OU BOM QUALQUER UM FAZ. TOTALMENTE SEM NOÇÃO A SUA CRÍTICA.
- terça-feira, maio 08, 2012
- Daniel Castelo-Branco disse...
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É ruim porque o filme não tem história para sustentar duas horas. Esse papo de "sair matando todo mundo" é legal, mas logo fica chato. Para funcionar no cinema é preciso mais estrutura narrativa.
- terça-feira, maio 08, 2012