Mas já que a lista é pequena, Bolt - Supercão não merecia constar. O começo até diverte com o clima da série "24 Horas" (o cachorrinho é o próprio Jack Bauer). Mas de maneira geral o filme é chato, infantil e sonolento. Essa é a primeira animação longa-metragem da Walt Disney concebida e produzida inteiramente em formato 3D. "O Galinho" e "A Família do Futuro" (leia a resenha), lançados anteriormente neste formato pelo estúdio, foram convertidos para 3D após serem concluídos. Talvez Bolt seja um filme legal em três dimensões, mas em 2D é muito "ruim". É sempre bom colocar aspas nesse ruim porque provavelmente não faço parte do público-alvo. Aposto que as crianças vão adorar as cores e a dinânima da história.
Parece um pouco com o mito da "Caverna de Platão", em que Sócrates compara nosso mundo cotidiano a um abrigo subterrâneo. Nessa caverna viviam crianças, tendo as pernas e o pescoço acorrentados de modo que não poderiam mover-se. Eles apenas viam o que estava à sua frente. Perto deles uma grande fogueira projetava suas sombras na parede, fazendo-as acreditar que o mundo real era feito de sombras. Bolt - Supercão não chega perto de tamanha filosofia, mas é uma boa lição sobre quem realmente somos. Meus defeitos, fraquezas e imperfeições definem meu caráter. Neles devo me apoiar para enfrentar a vida real. Uma valiosa lição para a criançada em tempos de competitividade exacerbada e superproteção paterna.
Confira o trailer dublado clicando no botão play da imagem abaixo.
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